Entender como funciona o empreendedorismo na prática é um dos primeiros passos para decidir se é ou não o momento de abrir um negócio. Por isso, continue lendo antes de se tornar oficialmente um empreendedor.
De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), três em cada dez brasileiros são empreendedores. Além disso, mais da metade dos negócios nacionais são recentes.
Em dez anos, segundo o estudo, a quantidade de empreendedores no Brasil subiu de 23% para 34,5%. Assim, é possível perceber que cada vez mais brasileiros estão perdendo o medo de empreender e encontrando uma alternativa de negócio.
O que é empreendedorismo?
Atualmente, a palavra “empreendedorismo” já é amplamente usada no vocabulário nacional. Assim, de acordo com o Sebrae, o termo é mais usado para definir pessoas que são capazes de identificar problemas, oportunidades e encontrar soluções.
Assim, um empreendedor pode aplicar essas habilidades em um negócio, projeto, ou até mesmo um movimento. Dessa forma, gerando um movimento que produz mudanças reais e impacto cotidiano das pessoas.
Ou seja, empreender é introduzir um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização. Até mesmo, a abertura de novos mercados. Essas, são algumas atividades comuns do empreendedorismo.
Dessa forma, quem empreende é aquela pessoa que faz, que sai da zona de conforto e da área dos sonhos para a parte da ação. Então, o empreendedorismo na prática está relacionado a transformar boas ideias em oportunidades de negócio.
Desafios de empreender na prática
Todo empreendedor, seja de pequeno ou grande porte, enfrenta diversos desafios nos negócios diariamente. Isso porque, esses desafios fazem parte do empreendedorismo na prática.
De acordo com uma pesquisa da Endeavor Brasil, os cinco maiores desafios dos empreendedores são: a gestão de pessoas, a gestão financeira, a burocracia, a inovação, o marketing e vendas.
Então, para entender esses dados de forma mais clara, a Endeavor realizou a Pesquisa de Desafios dos Empreendedores Brasileiros. O estudo foi feito analisando quase mil empreendedores nacionais, com variados perfis.
Assim, o estudo apresenta as áreas da empresa em que o empreendedor mais se sente desafiado. A gestão de pessoas recebeu uma nota média de 6,7, em uma escala de 0 a 10.
Por isso, essa foi a maior média de dificuldade no grupo de empreendedores gerais estudados na pesquisa. Além desse grupo, todos os perfis classificaram o desafio como o maior. Inclusive os empreendedores considerados de alto impacto.
Ou seja, até mesmo os negócios que crescem continuamente enfrentam grandes desafios para liderar os seus times.
Em seguida, vem a gestão financeira da empresa. Afinal, organizar as finanças já é considerado complicado. Porém, em tempos de crise, a gestão financeira fica ainda mais comprometida.
Logo, o grupo de alto impacto novamente deu a maior nota para essa modalidade, gerando a média de 6,6 na escala.
Depois, 48% dos empreendedores gerais afirmaram que os custos da empresa estão aumentando acima da receita. Outro fator é a burocracia que envolve questões jurídicas e de regulação.
Características de um bom empreendedor
É um fato que ninguém nasce empreendedor. De acordo com o Sebrae, é graças ao contato social e estudos que favorecem o desenvolvimento desses talentos e características. Além de poderem ser fortalecidos ao longo da vida, com a experiência.
Dessa forma, todos os contatos e referências vão influenciar diretamente no nível de empreendedorismo de alguém. Além disso, algumas outras características estão presentes, como: o otimismo, a autoconfiança, a coragem, a persistência e resiliência.
Sendo assim, em primeiro lugar, o otimismo não deve ser confundido com falta de praticidade.
Isso porque, o empreendedor otimista espera e acredita no melhor, mas faz de tudo para chegar nesses objetivos. Por exemplo, ao implantar mudanças no negócio e sempre enxergando os riscos e tomando ações ativas.
Além disso, acreditar em si mesmo é fundamental. Depois, valorizar os seus próprios talentos e defender as suas opiniões. Além de coragem para não temer o fracasso e a rejeição.
Mas também vale destacar que um empreendedor faz tudo que for necessário para se tornar bem-sucedido. Porém, sem excluir a cautela e precaução contra os riscos que o empreendedorismo na prática possui.
Por fim, a persistência e resiliência. Ou seja, ser motivado, convicto e entusiasmado. Assim, pode resistir a todos os obstáculos até colocar as coisas nos eixos. Dessa forma, sem desistir facilmente, superando os desafios e indo até o fim, com perseverança.
O que você precisa saber para ser empreendedor
Os dados da pesquisa da Endeavor, também ajudam a entender alguns pontos para atentar-se na hora de empreender. Logo, estude os principais desafios que o empreendedor enfrenta no dia a dia de suas atividades.
Os empreendedores gerais deram a nota de 6,6 para a burocracia. Enquanto isso, os de alto impacto avaliaram com a média de 5,6. De acordo com a pesquisa, os empreendedores gerais estão crescendo em média 16,8% em números de funcionários nos três anos antes da pesquisa.
Já o grupo de alto impacto encontrou o crescimento médio de 39% ao ano, nos cinco anos anteriores, em questões de faturamento.
Assim, os maiores desafios na burocracia, de acordo com os empreendedores gerais, são os impostos. Dessa forma, 60% dos entrevistados avaliaram como extremo, com nota de 9 a 10, a média de impostos.
Por isso, pode-se afirmar que um bom planejamento financeiro se mostra essencial para o empreendedorismo na prática. Outro aspecto, característico do perfil empreendedor, é a inovação. Porém, esse ponto também se mostra como um desafio para diversos empreendedores.
Desse modo, a pesquisa aponta que o desenvolvimento de produtos e serviços é a maior barreira de inovação pelos empreendedores gerais.
Além disso, o grupo que mais sofre com esse aspecto é o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, os TICs. Eles deram uma nota média de 6,4 na escala de 0 a 10.
Inclusive, os TICs são as empresas do setor com maior potencial de crescimento. Portanto, privilegiando, cada vez mais, a promoção de profissionais que resolvam problemas de um jeito mais inovador e dinâmico.
Por fim, o marketing e vendas. Nesse ponto, os empreendedores de alto impacto se mostraram mais preocupados com os desafios ligados a essa área. Por fim, um em cada cinco classificou esse aspecto como o maior desafio.
Quais são os tipos de empreendedores?
De acordo com especialistas, são seis os tipos de empreendedores mais comuns atuando no Brasil. São eles: o Individual, o Informal, o Cooperado, o franqueado e corporativo, o social e o serial.
Além disso, segundo dados do Portal do Empreendedor, em 2020, houve um recorde histórico entre março e dezembro no Brasil. Onde 1,49 milhões de novas formalizações foram realizadas.
Sendo assim, o Individual, como o nome já sugere, são as pessoas que empreendem sozinhas, ou com, no máximo, um funcionário. Ou seja, o famoso MEI, ou Microempreendedor Individual, formalizado e com CNPJ para sua empresa. Assim, podendo vender produtos ou prestar serviços.
Mas o Informal, ao contrário do MEI, não tem registro de suas atividades. Portanto, torna difícil a contabilização de quantos brasileiros estão nesse ramo. Podem ser bancas de calçada, lojas de garagem ou vendas diretas na rua, por exemplo.
Já o perfil de Cooperado é para quem trabalha bem em equipe, usando poucos recursos. Logo, o cooperado age geralmente de maneira autônoma. Porém, presta serviços para colaborar com resultados de uma empresa ou comunidade.
Por sua vez, o empreendedor franqueado ou corporativo é aquele que investiu em uma franquia. A franquia permite a esse empreendedor obter um negócio de confiança, já testado e consolidado. Além disso, também conta com o know-how que a franqueadora oferece.
Os empreendedores sociais geralmente são jovens visionários, trabalhando bem em grupos e muito engajados em causas comunitárias e sociais. Eles se diferem dos outros tipos de empreendedores, pois o retorno financeiro não é um dos seus principais focos.
Já o empreendedor serial é aquele que trabalha em múltiplos projetos e está sempre buscando novidades. Por fim, não é importante que todos os negócios tenham retorno financeiro. Isso porque, sua principal motivação é empreender o tanto quanto possível.
Como ser um empreendedor na prática?
Agora que você já sabe características do empreendedor e como é o empreendedorismo na prática, é necessário escolher o seu negócio. Uma boa opção é apostar nas redes de franquias.
Por meio do sistema de franchising, uma empresa concede os direitos de uso da marca e comercialização de produtos e serviços a um investidor. Dessa forma, os franqueados não precisam criar um plano de negócio do zero.
Isso porque, a franqueadora conta com um plano de negócio que já foi colocado em prática e todos os franqueados usam esse mesmo sistema. Dessa forma, é mais simples colocar o negócio em prática.
Além disso, o franqueado conta com suporte da marca para aprender sobre o negócio e se posicionar no mercado. Ou seja, sempre que precisar você pode buscar ajuda de alguém experiente e ainda, realizar uma série de treinamentos.
Sendo assim, investir em franquias é uma boa opção de empreendedorismo na prática. Afinal, é uma forma mais otimizada em que o investidor começa seu negócio já com uma marca reconhecida.
Saiba tudo sobre o sistema de franchising. Assista o vídeo abaixo!
Saiba escolher a melhor franquia para abrir
Antes de mais nada, é preciso ter autoconhecimento. Afinal, depois de abrir um negócio de forma descomplicada, você vai precisar administrá-lo, o que demanda investimento de tempo e dinheiro.
Um ponto importante é pensar sobre seus interesses e predisposições. Em seguida, escolha o segmento em que pretende investir de acordo com o que mais combina com você.
Mas conhecer o mercado local também é um ponto importante para abrir um negócio de forma descomplicada. Isso porque, o mercado vai influenciar seu empreendimento e é preciso que você antecipe os impactos.
Desse modo, é importante ler a Circular de Oferta de Franquia (COF). Neste documento estão todas as informações importantes sobre a franquia que o investidor quer abrir. Sendo assim, o futuro franqueado pode analisar com mais assertividade se aquele negócio é rentável ou de fato o que ele busca.