Escolher investimentos a longo prazo pode parecer desafiador. Afinal, seus objetivos só poderão ser concretizados em, no mínimo, cinco anos. Isso porque, você só poderá reaver o dinheiro após esse período. Acompanhe o texto e descubra outras opções vantajosas!
Segundo dados da dados da B3, a bolsa de valores do Brasil, no segundo trimestre de 2022, houve um aumento de 15% do número de participantes no mercado de ações.
Além disso, em muitos casos, esses investimentos são feitos por pessoas que desejam garantir uma estabilidade no futuro. Entre esse percentual de investidores, 29% deles escolhem a caderneta de poupança. Porém, essa não é a única forma de fazer investimentos a longo prazo. Acompanhe!
Por que investir a longo prazo?
Como dito, investimentos a longo prazo são aqueles cujo resgates são feitos a partir de cinco anos. Contudo, dependendo da modalidade escolhida, esse prazo pode subir para dez, 15 ou até 20 anos.
Assim, muitas pessoas se questionam se realmente é preciso investir a longo prazo. Logo, este tipo de investimento é muito importante, pois pode ser feito para garantir a aposentadoria ou para atingir a liberdade financeira, por exemplo.
Desse modo, a vantagem dos investimentos a longo prazo é justamente o longo tempo aplicado. Isso porque, o valor investido rende com juros compostos. Ou seja, os juros vão sendo incorporados ao patrimônio de forma sucessiva.
Outra vantagem do investimento a longo prazo é o menor risco. De acordo com especialistas, a longo prazo os investimentos estão sujeitos tanto à queda, como à valorização. Assim, quanto maior for o tempo de investimento, menor será o risco.
Além disso, pode ser uma forma de planejar os próximos passos de sua vida. Por exemplo, você pode investir hoje para quando se aposentar, ter uma renda que não seja exclusiva de sua aposentadoria.
Em algum momento você irá trabalhar menos. Assim, é importante investir enquanto ainda tem um salário ou pelo menos alguma renda fixa.
Outra vantagem do investimento a longo prazo é a oportunidade de construir um patrimônio. Assim, muitas pessoas optam por investir em produtos financeiros imobiliários.
7 investimentos a longo prazo para você fazer
Agora que você já sabe a importância dos investimentos a longo prazo, vamos mostrar algumas opções rentáveis para quem quer investir. Mas antes, é preciso ressaltar que existem ativos e produtos financeiros para todas as situações.
Sendo assim, você deve pensar bem sobre qual deles quer fazer e qual o melhor momento para começar. Além disso, você precisa saber que existem dois tipos de investimentos a longo prazo: na renda fixa e na renda variável. Abaixo, separamos exemplos de investimentos a longo prazo das duas categorias. Confira!
1. LCI e LCA
Primeiramente, a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são considerados títulos de renda fixa. Assim, ambos são emitidos por bancos.
De modo geral, estes títulos têm baixo risco, são seguros e voltados para a preservação do investimento. Nesse sentido, esses investimentos são isentos do Imposto de Renda.
Em primeiro lugar, vamos falar da LCI. Bancos e instituições financeiras emitem este título para financiar o setor imobiliário. Assim, o investidor recebe uma taxa pré-determinada no vencimento do título.
Por sua vez, a LCA é um título emitido para financiar o agronegócio. Da mesma forma que o LCI, o LCA paga ao investidor uma taxa no vencimento do título.
De modo geral, ambas são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) com o valor de até R$ 250 mil e são isentas de taxação. A diferença entre elas é justamente onde o valor pago pelo investidor está sendo colocado para render (no agronegócio ou no mercado imobiliário).
Além disso, LCI e LCA não possuem liquidez diária. Ou seja, não é possível fazer o resgate imediatamente. Por sua vez, em relação ao rendimento, essas letras de crédito podem variar. No caso dos títulos prefixados, o rendimento é determinado no momento em que se assina em contrato.
Já no caso dos investimentos pós-fixados, algum indicador influencia o retorno. Por exemplo: CDI, IPCA ou taxa Selic. Por fim, há rendimentos híbridos, que misturam as duas categorias acima. De modo geral, as pessoas procuram a LCI e a LCA quando buscam isenção de impostos mesmo na renda fixa.
2. Franquia
Vale lembrar que uma rede de franquias é responsável por fazer uma marca se expandir. Assim, a franqueadora cede seus direitos e transmite seu know-how para franqueados mediante contrato e investimento.
De modo geral, investir em franquias pode ser mais seguro, já que você apostará em uma marca já consolidada. Além disso, os franqueados recebem um modelo de negócio pronto, o que reduz as chances de erro.
O setor de franchising costuma ser um dos mais seguros para investir, quando comparado a outros negócios. De acordo com uma pesquisa do Sebrae, 80% das micro e pequenas empresas fecham nos cinco primeiros anos.
Mas quando se trata de novas franquias, esse número cai para 15%. Esse sucesso se deve principalmente ao apoio da franqueadora, que vai desde a implantação do modelo de negócio até a colaboração com o marketing.
Além disso, o setor de franchising permite ter uma noção de investimento inicial do lucro e do tempo de retorno. Ou seja, você pode escolher seu empreendimento de acordo com o valor que tem disponível e ainda saberá o tempo de retorno do investimento para que possa se planejar financeiramente.
Todas as informações úteis sobre a franquia estão presentes em um importante documento e você poderá solicitá-lo à franqueadora para analisar. Assim, a Circular de Oferta de Franquia (COF) permite ao investidor analisar tudo sobre o empreendimento antes de fechar o contrato.
Além do mais, franquias têm diferentes tipos de rendimento a curto, médio e longo prazo. Tudo vai depender do negócio que você escolher e do investimento inicial que irá fazer.
3. Tesouro Direto
Uma das modalidades mais conhecidas de investidores conservadores são os Tesouro Direto. Assim, essa modalidade, em parceria com a B3, democratiza o processo de compra e venda de títulos públicos federais. Dessa forma, pessoas físicas podem fazer esse investimento por meio da internet.
Outra característica é a segurança. Afinal, esse investimento é como emprestar dinheiro para o Governo Federal. Em seguida, o mesmo irá pagar os juros sobre esse valor na data de retirada. Além disso, para investir você pode escolher entre as modalidades de Tesouro Prefixado, Pós-Fixado e Híbrido.
No Prefixado, você sabe o valor exato que vai receber em retorno, desde que resgate no momento do vencimento do título.
Já no Pós-Fixado, existem critérios de remuneração e os valores podem depender do momento do resgate. Por fim, os Híbridos têm uma parte da remuneração fixa e o restante ligado as variações da inflação.
Como já citado anteriormente, esse é um investimento seguro e de longo prazo. Porém, isso também significa que o rendimento é menor. Por outro lado, os investimentos com altos valores de rendimento são menos seguros e, caso o investidor faça alguma escolha errada, poderá vir a perder muito dinheiro.
Por fim, o investidor pode resgatar o valor antes do vencimento do título com todo o montante, já com a correção dos juros. Ainda, é possível resgatar os resultados da venda antecipada com o valor proporcional ao tempo de investimento.
4. Previdência Privada
Em primeiro lugar, vamos repassar alguns conceitos. Previdência Privada é um fundo de investimento no qual um gestor organiza os ativos para conseguir rentabilidade. Ou seja, os investidores pagam valores fixos por mês que vão render a longo prazo.
Assim, existem planos de previdência privada, tanto para aplicações na renda fixa, como na renda variável. Quem escolhe é o investidor de acordo com as opções oferecidas pela instituição financeira de sua preferência.
O principal objetivo da Previdência Privada é garantir renda passiva aos investidores. Sendo assim, essa modalidade é muito usada para aposentadoria. Isso porque, esse fundo permite ter uma renda paralela à aposentadoria pelo governo.
No caso desta opção de investimento, a exposição ao risco é maior. Contudo, há chances de rendimentos maiores do que a renda fixa.
Além disso, cada plano de previdência privada conta com regras específicas para o resgate. Assim, em uma primeira etapa, acontece o processo de acumulação. Quanto maior esse período, maior o montante acumulado.
Em seguida, vem a fase de usufruto. Assim, o investidor para de contribuir e passa a receber os valores. Desse modo, é possível optar por receber tudo de uma vez. Contudo, o mais comum é receber uma pequena parte por mês, como se fosse uma aposentadoria.
5. Imóveis
Investir em imóveis é uma opção tanto para quem deseja complementar renda, como para quem quer viver disso.
Mas é preciso levar em conta que esse tipo de investimento mistura ações conservadoras e arrojadas. Além disso, investir em imóveis pode ser uma boa opção, já que o mesmo pode vir a valorizar ao longo do tempo.
Ainda, alguns fatores influenciam na valorização de um imóvel como o estado de conservação e a infraestrutura local.
Sendo assim, há três formas de investir a longo prazo em imóveis. Em primeiro lugar, existe a especulação. Ou seja, o investidor compra ou mesmo constrói o imóvel com a intenção de vendê-lo no futuro.
A segunda forma de investimento em imóveis é o aluguel. O investidor compra um imóvel com o objetivo de alugá-lo. Assim, o valor mensal pago serve como renda extra.
Já a terceira opção de investimento, são os fundos imobiliários. Sobre eles, vamos falar mais detalhadamente no próximo tópico. Por isso, continue a leitura conosco!
6. Fundos imobiliários
Os Fundos Imobiliários, também chamados Fundo de Investimento Imobiliário (FII), são compostos de investimentos coletivos. Ou seja, um grupo de investidores reune seus recursos para serem aplicados no mercado imobiliário.
Assim, as pessoas comumente usam o dinheiro na construção ou aquisição de imóveis. Depois disso, esses imóveis podem passar por locação ou arrendamento. Dessa forma, os investimentos em títulos imobiliários podem ser de cotas de outros fundos ou de imóveis físicos, por exemplo.
Os fundos imobiliários permitem que o investidor aplique no mercado sem precisar adquirir um imóvel pessoalmente. Então, para essa modalidade, existe um gestor profissional que vai administrar esses bens.
Logo, o gestor toma as decisões sobre o que fazer com os recursos. Ainda, também precisam seguir os objetivos e políticas pré-definidas.
Assim, os rendimentos da aplicação são divididos entre os participantes da sociedade de forma proporcional, de acordo com o valor investido por cada um. Já as somas dos recursos que compõem o patrimônio do fundo são divididos nas chamadas cotas ou frações.
Portanto, o investidor que aplica nessa modalidade está comprando cotas. E os cotistas não podem exercer nenhum direito real sobre os empreendimentos. Porém, não respondem pessoalmente, por exemplo, por obrigações relacionadas aos imóveis.
7. Bolsa de Valores
A Bolsa de Valores se trata um mercado organizado, faz-se a negociação de ações de capital aberto e outros valores mobiliários. No Brasil, temos a B3, sediada em São Paulo. Porém, existem várias outras bolsas famosas e com altos rendimentos pelo mundo.
Por exemplo, a Bolsa de Nova York, a NYSE, considerada a mais importante do mundo, localizada na famosa Wall Street. Ainda nos Estados Unidos, existe a bolsa de valores Nasdaq, que ocupa a segunda colocação entre as maiores bolsas.
Além dessas, existe a Euronext, principal bolsa de valores europeia e a bolsa de Tokyo que se destaca no continente asiático. Porém, para investir nessa modalidade, é preciso ter um pouco mais de conhecimento do mundo dos investimentos.
Dessa maneira, para investir em uma Bolsa de Valores é necessário saber suas variações, seu comportamento no mercado e acompanhar sua movimentação. Isso porque, diversos fatores influenciam na alta ou baixa de ações e preços.
A pandemia deixou o mercado instável, com variações a todo momento. Logo, para investir na Bolsa de Valores, é preciso ter familiaridade com as ações e ter a possibilidade de acompanhar de perto suas movimentações.