Para uma empresa se tornar uma franquia ela deve passar por um processo de formatação para adequar seu negócio a este modelo.
Este processo exige um cuidado da empresa, pois ele será a base de sustentação do negócio daqui para frente. Assim, se houver falhas, elas gerarão prejuízos no futuro, ou até inviabilizando o negócio.
Por isso, se sua empresa quer se tornar uma franquia, fique ligado nesses passos que separamos aqui para você entender o processo. E com isso, fazer esta transformação de maneira eficiente.
5 passos para tornar a empresa uma franquia
O processo de formatação de franquias é complexo, dependendo do tipo de negócio e também do tamanho da empresa.
Alguns tipos de empresas são mais fáceis de franquear, pois possuem o modelo de negócio mais simples ou de fácil replicação.
Por outro lado, alguns processos mais complexos exigem um cuidado maior na hora de transformar em um modelo de franquias.
Abaixo estão dicas resumidas, para Formatação de Franquias e as várias etapas deste processo. Continue a leitura!
Análise de franqueabilidade
A etapa de análise de franqueabilidade, como o próprio nome já diz, refere-se a estudar se é possível transformar a empresa em um modelo de franquia.
Assim, este estudo visa observar se os processos internos da empresa podem ser replicados de maneira simples e para unidades longe da sede.
Da mesma forma, esta análise é fundamental para entender o potencial que o negócio da empresa possui de ser uma franquia de sucesso.
Nesta etapa também são identificados os problemas no processo e adequações necessárias para ser replicado em franquias.
Assim, operações mais complexas precisam ser simplificadas, ou então, terão que ser mantidas apenas na sede da empresa.

Nesse sentido, a empresa também deve analisar se seus produtos e/ou serviços são comercializáveis para diferentes mercados.
Algumas empresas são tão regionalizadas que podem ser inviáveis para a expansão.
Logo, a empresa deve se conhecer para repassar aos franqueados o modelo de negócio ideal.
Deve assim formatar um modo de gestão que seja compatível com a franquia. Assim, por exemplo, quantos funcionários são necessários, os gastos básicos, o público-alvo, etc.
Análise de viabilidade financeira
Para a empresa tornar uma franquia ela deve organizar bem as suas finanças para poder investir nesta transformação.
A formatação de franquias exige do franqueador uma série de investimentos, que muitas vezes demoram a retornar para o caixa.
Como falamos anteriormente, a empresa deve analisar seus processos e produtos para adequar ao modelo de franquia.
E isso pode custar muito, como uma adaptação de métodos, ou investimentos em novas matérias primas.
Ademais, a empresa investe no marketing, e às vezes, ela mesma deve abrir uma unidade da franquia para incentivar novos empreendedores e fortalecer a marca na região.
Ainda, a empresa deve entender se o seu modelo de negócio transformado em franquia pode ser rentável. E para isso, precisa analisar os custos de produção e outros fatores que afetam a lucratividade do negócio.
Se a franquia não se sustentar financeiramente, ou não tiver uma lucratividade atrativa, ficará mais difícil vender a marca para os empreendedores.
Elaboração de documentos legais
O sistema de franchising é regulamentado pela Lei de Franquias (Lei nº 13.966/19). Nesta norma existem algumas orientações para quem quer se tornar uma franquia.
A empresa deve se regularizar, de forma a proteger o seu know-how do uso ilegal por outras pessoas.
Isso porque a marca irá repassar várias informações importantes para os franqueados que podem ser copiadas sem essa proteção.
Além disso, a marca deve ser registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), que normalmente dá exclusividade de uso de 10 anos, renovável por tempo indeterminado.

Da mesma forma, o processo de negociação entre franqueadora e in teressados exigem clareza nas informações.
E por isso, a Lei de Franquias regulamenta detalhadamente a Circular de Oferta de Franquia (COF).
Este documento, segundo a Lei, deve conter informações sobre as finanças da empresa, como o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE).
Ainda, deve conter uma projeção dos investimentos e taxas necessárias para abrir uma unidade, bem como os suportes da franqueadora.
Esta COF ainda funciona como um pré-contrato, e nela também há uma minuta do contrato de franquia para o empreendedor analisar.
Assim, todos os direitos e deveres das partes devem ser claros antes de fechar a parceria.
Esse é, inclusive, um dos pontos abordados no curso Guia Para Iniciantes. São aulas que você pode acessar clicando aqui, assistir online e entender em detalhes como investir em uma franquia. Sem prejuízo e sem o risco de escolher uma marca ruim.
Padronização e formalização de processos
No processo de tornar uma franquia, a empresa deve definir os seus processos internos e padronizá-los. Dessa maneira, pode-se replicar nas unidades que serão comercializadas pela rede de franquias.
Todos estes processos precisam ser formalizados por meio de manuais, que possam ser seguidos pelos franqueados no dia a dia da franquia. Além de um plano de negócios para as unidades seguirem.
Sendo assim, repassa estes processos também por meio de treinamentos, que normalmente estão disponíveis no portal do franqueado.
Seja como for, a base de um modelo de franquia é a homogeneidade das unidades. Por isso, todos os processos deve estar claros para os franqueados.
Ainda, a empresa deve ter capacidade de fornecer matéria-prima e insumos para todas as unidades, para padronizar os serviços ou produtos.
Marketing para expansão
Depois de bem formatado o negócio, é a hora de vender o modelo, e o marketing precisa ser bem feito neste momento.
A expansão do novo negócio passa por mostrar para os clientes antigos que a marca continua a mesma, ou até com melhorias.
A ideia é que eles entendam que agora ficará ainda mais fácil estar perto da empresa.
Além disso, a empresa que se torna uma franquia deve buscar investidores para as novas unidades. Assim, atrair empreendedores que desejam ser donos do próprio negócio.
O marketing deve ser feito por meios mais eficientes possíveis para atingir o público-alvo.
Assim, neste momento, se a empresa ainda não tem um departamento pra este trabalho, pode buscar a ajuda de empresas especializadas na expansão de marcas.
Vantagens de transformar a empresa em franquia
O mercado de franchising movimentou mais de R$ 170 bilhões em 2020 segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
Mesmo impactado pela pandemia e as restrições do comércio, o segmento se mostra cada vez mais sólido e atrativo.
E não é somente pelo faturamento, existem outras vantagens para a empresa que se torna uma franquia, como veremos.
Expansão do negócio
O modelo de franquia favorece uma expansão do negócio da empresa. Fica mais barato conseguir novas unidades com este tipo de negócio.
Na franquia, o franqueado é quem investe a maior parte em cada unidade, e a franqueadora oferece os suportes e planos de negócios. Assim, para a empresa, a expansão se torna mais barata.
Ainda, ela consegue competir em mais regiões, e com isso atrair novos clientes para a marca.
E quando o negócio expande, ganha a franqueadora e também o franqueado com uma marca ainda mais conhecida.
Difusão da marca
O modelo de franquias tem conquistado cada vez mais adeptos, pois muitos trabalhadores estão em busca de ter o seu próprio negócio.
E a cada nova unidade que surge da empresa, sua marca também ganha espaço perante as pessoas. Quem não conhece as grandes marcas de franquias, como McDonald’s e Subway.
Estas marcas começam pequenas, e com a expansão de novas unidades se fortalecem no imaginário dos consumidores.
Esta descentralização também permite que a marca adentre no território, que chegue em cidades menores ou mais distantes dos grandes centros do país.
Aumento do poder de compra
Quando a empresa negocia com fornecedores, quanto mais ela compra maior será o seu poder de barganhar preços e condições.
Ao tornar-se uma franquia, a empresa expande suas vendas, e com isso, necessita cada vez mais de insumos e matérias-primas.
Com este aumento, consegue negociar melhor o preço com os fornecedores. Portanto, em alguns casos, pode propor até exclusividade no fornecimento.
Assim, a parceria com os fornecedores fica ainda mais estreita, e o negócio tende a se tornar mais rentável para as partes.
Nesse sentido, se os fornecedores estão espalhados, eles podem fornecer para as unidades da franquia na sua região. Isso facilita a logística da franqueadora e melhora as vendas do fornecedor.
Rentabilidade do negócio
Um movimento natural que ocorre com o crescimento da franquia é o aumento da sua rentabilidade. Com mais pessoas vendendo seus produtos ou serviços, a empresa passa a lucrar cada vez mais.
Isso também se deve ao fato de que para se tornar uma franquia, a empresa precisou adequar alguns de seus processos e barateá-los. Logo, é possível aumentar a lucratividade, pois diminui os custos.
Então, com um maior poder de negociação com fornecedores, a empresa também diminui os custos dos insumos e matérias-primas. Assim, sua margem de lucro tende a aumentar.
Tudo isso resulta em um negócio mais rentável para a empresa franqueadora, e sem contar as taxas de royalties que costuma-se cobrar mensalmente de cada unidade.
Por fim, como vimos, franquear a empresa é um caminho bastante vantajoso. E com a expansão da marca ao longo do tempo, o negócio melhora ainda mais.
Por conta disso, a empresa deve fazer esta formatação de maneira séria e se possível com a ajuda de uma consultoria. Assim, inicia o novo modelo de maneira atrativa e organizada para os empreendedores.