Um quiosque de shopping representa, no cenário atual do varejo, uma das mais inteligentes e estratégicas portas de entrada para o universo do empreendedorismo, particularmente no robusto setor de franquias.
Em uma sociedade onde o tempo é um ativo precioso e a conveniência dita as regras do consumo, os quiosques surgem como uma solução eficaz, posicionando produtos e serviços diretamente no caminho de um público consumidor com alto potencial.
Para o aspirante a empreendedor que busca um negócio próprio com investimento inicial contido, uma operação simplificada e um horizonte de retorno mais próximo, compreender a fundo a dinâmica de um quiosque de shopping é o primeiro e mais crucial passo para uma jornada bem-sucedida.
Este formato de negócio transcendeu o status de tendência para se consolidar como um pilar do franchising brasileiro. Análises da Associação Brasileira de Franchising (ABF) demonstram que os quiosques compõem uma fatia cada vez mais relevante do setor, com uma movimentação financeira que alcança a casa dos bilhões de reais anualmente.
É um erro conceitual enxergá-los apenas como uma versão miniaturizada de uma loja tradicional; na realidade, trata-se de um modelo de negócio com particularidades e vantagens competitivas próprias, oferecendo um caminho viável tanto para o franqueado de primeira viagem quanto para o investidor experiente que visa diversificar seu portfólio.
Este guia aprofundado tem como objetivo dissecar o ecossistema das franquias de quiosque. Ao longo deste artigo, faremos uma análise sóbria de seus pontos fortes e fracos, discutiremos porque a experiência de gerir um quiosque de shopping é frequentemente considerada uma etapa preparatória fundamental antes de assumir uma operação de maior porte, e detalharemos como a estrutura inerentemente enxuta deste modelo pode, quando bem administrada, otimizar a lucratividade e a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Conceito e operação de quiosques de shopping

Em sua essência, uma franquia de quiosque é um modelo de negócio compacto, meticulosamente projetado para operar em espaços reduzidos, porém de altíssima circulação.
Em contraste direto com uma loja convencional, que exige um ponto comercial com estrutura civil, área de estoque e uma complexa disposição de layout, o quiosque funciona como uma “ilha” comercial. Sua principal característica, que dita todas as outras, é a operação enxuta.
O espaço físico limitado não é uma fraqueza, mas uma diretriz que impõe um mix de produtos focado e estratégico, geralmente concentrado nos itens de maior giro e rentabilidade da marca – a chamada “curva A” de produtos.
Essa condição, longe de ser um obstáculo, força o franqueado a desenvolver uma competência crucial no varejo moderno: a gestão de estoque de alta precisão, aliada a uma logística de reposição que deve funcionar com a agilidade de um relógio. A eficácia do modelo reside na quebra das barreiras físicas entre o consumidor e a marca.
A localização estratégica nos corredores de um shopping center faz com que o cliente, durante seu trajeto, interaja com a marca de forma orgânica e quase inevitável. Essa dinâmica de “varejo de interrupção” é uma força poderosa, capaz de transformar um simples passeio em uma oportunidade de consumo imediato, capitalizando sobre o poderoso gatilho da compra por impulso.
O investimento em um quiosque de shopping apresenta uma estrutura financeira distinta. O ponto mais evidente é o investimento inicial, que costuma ser significativamente menor do que o necessário para uma loja. Custos com reformas, projetos arquitetônicos, mobiliário e, em muitos casos, a própria taxa de franquia são mais contidos, tornando o sonho do negócio próprio mais tangível para uma fatia maior de empreendedores.
Como um desdobramento natural, os custos operacionais fixos também seguem essa linha de otimização. O aluguel de um espaço para quiosque, conhecido no setor como “taxa de cessão de uso”, é consideravelmente mais baixo do que o aluguel de uma loja.
Adicionalmente, despesas como energia elétrica e a folha de pagamento são menores, visto que a operação pode, muitas vezes, ser conduzida pelo próprio franqueado com o suporte de uma equipe mínima.
Outro aspecto de grande relevância estratégica é a mobilidade. Um quiosque de shopping não é uma estrutura cravada no chão.
Caso o ponto comercial escolhido não apresente o desempenho projetado após um período de maturação, o processo de realocação para um corredor mais movimentado ou até mesmo para outro empreendimento comercial é drasticamente mais simples e menos oneroso do que a mudança de uma loja.
Essa flexibilidade inerente ao modelo funciona como um poderoso mitigador de riscos, uma vantagem competitiva inestimável no volátil cenário do varejo.
Desafios do modelo quiosque de shopping

Apesar dos atrativos inegáveis, seria um equívoco ignorar os desafios que o modelo de quiosque de shopping apresenta. A limitação de espaço, embora force a eficiência, é também o principal desafio operacional.
A ausência de um estoque de retaguarda robusto exige uma sintonia fina com a franqueadora e os fornecedores. Uma falha na logística de reposição pode significar a perda de vendas em momentos de pico, impactando diretamente a receita.
Para contornar essa questão, alguns shoppings oferecem a locação de pequenos depósitos, uma alternativa que deve ser incluída na planilha de custos do empreendedor.
Como consequência direta do espaço, o mix de produtos é mais restrito. Isso significa que o quiosque não pode contar com a “cauda longa” de produtos para atrair diferentes nichos de clientes.
O sucesso da operação depende da performance de um número limitado de itens. Portanto, o franqueado precisa ser um verdadeiro especialista nesses produtos, entendendo sua sazonalidade, apelo e margem de contribuição.
Os contratos de locação para quiosques também demandam uma análise cuidadosa. Frequentemente, eles possuem prazos mais curtos do que os contratos de lojas, o que exige do empreendedor um planejamento de médio e longo prazo mais ativo.
A necessidade de renegociar as condições ou, em um cenário adverso, de planejar uma mudança, deve ser uma constante no radar da gestão.
Por fim, a dependência do fluxo é uma faca de dois gumes. Enquanto um bom fluxo impulsiona as vendas, qualquer alteração nesse fluxo pode ter um impacto negativo imediato.
A inauguração ou o fechamento de uma loja âncora nas proximidades, uma mudança no layout do shopping ou até mesmo a instalação de um quiosque concorrente podem alterar a dinâmica do corredor e, consequentemente, os resultados do negócio.
Veja um quiosque de shopping como uma oportunidade de treinamento
No ecossistema do franchising, muitas redes consolidadas enxergam o quiosque de shopping como um verdadeiro campo de treinamento para seus futuros operadores de lojas.
A lógica por trás dessa visão é sólida: ao gerir um quiosque, o empreendedor é submetido a um aprendizado intensivo sobre todos os aspectos do negócio, mas com um nível de risco e complexidade mais controlado.
Especialistas do setor, enfatizam que o envolvimento direto do dono é um fator determinante para o sucesso nesse formato. No quiosque, o franqueado não é um mero gestor à distância; ele está na linha de frente, abordando clientes, operando o caixa, negociando com a administração do shopping, controlando o estoque e treinando uma equipe enxuta.
Essa imersão completa proporciona um conhecimento prático e profundo que dificilmente seria adquirido de outra forma. O empreendedor aprende sobre o produto e a marca, tornando-se seu principal embaixador. Ele entende as nuances do comportamento do consumidor, suas objeções e seus desejos.
Domina a operação do dia a dia, desde o recebimento da mercadoria até o fechamento do caixa. E, fundamentalmente, aprende a gerir o fluxo financeiro de um negócio de varejo em tempo real. A experiência de franqueados que trilharam esse caminho, começando com um quiosque antes de expandir para uma ou mais lojas, frequentemente corrobora essa tese.
O conhecimento prático adquirido na operação de um quiosque de shopping gera a autoconfiança e a credibilidade necessárias para assumir um investimento de maior vulto no futuro.
Negocie o ponto do seu quiosque de shopping

A máxima do varejo: “localização, localização, localização” , é ainda mais verdadeira para um quiosque de shopping. A escolha do ponto não é um detalhe, é o alicerce do negócio.
O interessado deve visitar o shopping em diferentes dias da semana e em horários variados (manhã, almoço, fim de tarde, noite) para fazer uma análise qualitativa e quantitativa do fluxo de pessoas. É preciso observar não apenas a quantidade de pessoas, mas o comportamento delas.
Elas estão em um trajeto apressado, usando o corredor apenas como passagem, ou estão em um ritmo de passeio, abertas a novidades? Corredores que levam a praças de alimentação, complexos de cinema, banheiros ou grandes lojas âncora (varejistas de departamento, supermercados) tendem a ter um fluxo mais qualificado.
Além do fluxo, é crucial analisar a sinergia com o entorno. As lojas vizinhas atraem um público com perfil semelhante ao da sua franquia? A presença de concorrentes diretos pode ser tanto uma ameaça quanto uma oportunidade, indicando que há demanda para aquele tipo de produto na região.
A visibilidade do quiosque de diferentes ângulos e a ausência de obstruções visuais, como colunas ou outros elementos arquitetônicos, também são fatores determinantes.
Na hora da negociação, é importante lembrar que a administração do shopping busca criar um mix de lojas e quiosques que seja atrativo e diversificado. Empreendimentos mais novos ou localizados em mercados secundários podem oferecer condições de locação mais competitivas para atrair marcas de qualidade.
Apresentar um plano de negócios bem estruturado, demonstrando o potencial da sua operação e o valor que ela agregará ao shopping, é uma ferramenta poderosa para garantir um contrato mais favorável.
| Franquia | Categoria | Investimento |
|---|---|---|
| Açaí Concept | Alimentação | R$ 120.000 a 200.000 |
| Bella Gula | Alimentação | R$ 610.000 |
| Bendita Empada (Quiosque) | Alimentação | R$ 175.000 a 185.000 |
| Bob’s | Alimentação | R$ 297.500 |
| Cacau Show | Alimentação | A partir de R$ 64.900 |
| Cantinho da Coxinha | Alimentação | R$ 80.000 |
| Casa Pilão | Alimentação | R$ 182.500 |
| Café do Ponto | Alimentação | R$ 187.500 |
| Chiquinho Sorvetes | Alimentação | A partir de R$ 409.000 |
| Chilli Beans | Moda | A partir de R$ 168.000 |
| Chocolates Brasil Cacau | Alimentação | A partir de R$ 180.000 |
| Criativa Mente Brinquedos Inteligentes | Entretenimento e Lazer | R$ 116.000 |
| Croasonho | Alimentação | R$ 327.500 |
| Empada Brasil | Alimentação | R$ 167.500 |
| Estação Chopp Brahma (Ilha) | Alimentação | R$ 415.000 |
| First Class Home | Casa e Construção | R$ 231.500 |
| Fini | Alimentação | A partir de R$ 118.000 |
| Fuel The Eyewear Company | Moda | R$ 200.000 |
| Go Juice | Alimentação | R$ 110.000 |
| Havaianas | Moda | A partir de R$ 235.000 |
| Havanna | Alimentação | A partir de R$ 331.000 |
| JAH do Açaí | Alimentação | A partir de R$ 270.000 |
| Jin Jin | Alimentação | R$ 377.500 |
| Kopenhagen | Alimentação | A partir de R$ 280.000 |
| L’Occitane | Saúde, Beleza e Bem Estar | A partir de R$ 150.000 |
| Milky Moo Milkshakes | Alimentação | A partir de R$ 265.000 |
| Mr. Black Café | Alimentação | R$ 212.500 |
| Mr. Mix Brasil | Alimentação | R$ 235.000 |
| Mundo Verde | Alimentação | A partir de R$ 335.000 |
| Nutty Bavarian | Alimentação | R$ 188.500 |
| Popcorn Gourmet | Alimentação | R$ 87.000 |
| Rei do Mate | Alimentação | R$ 419.500 |
| Sucão | Alimentação | R$ 224.000 |
| Touti Cosmetics | Saúde, Beleza e Bem Estar | A partir de R$ 12.000 |
| UPVet | Saúde, Beleza e Bem Estar | R$ 107.500 |
| Yes! Cosmetics | Saúde, Beleza e Bem Estar | R$ 240.000 |
Um quiosque de shopping é o investimento certo para você?

A decisão de investir em um quiosque de shopping representa uma escolha estratégica que busca equilibrar a segurança e o know-how de uma rede de franquias com a agilidade e a eficiência de custos de um modelo de negócio compacto.
É uma opção que se alinha fortemente com o perfil do empreendedor que não apenas deseja ser dono de um negócio, mas que quer estar imerso em sua operação, que tem habilidades de comunicação e vendas, e que busca um retorno sobre o capital investido em um prazo mais curto.
As vantagens, como o menor aporte de capital, os custos operacionais controlados e a flexibilidade de localização, são argumentos convincentes. Contudo, o sucesso não é garantido.
Ele depende da capacidade do empreendedor de superar os desafios inerentes ao modelo, como a gestão precisa de um espaço limitado e a necessidade de uma logística impecável.
Se o candidato a franqueado possui uma identificação genuína com a marca, a resiliência necessária para enfrentar os desafios diários do varejo e a disposição para se envolver diretamente em cada detalhe da operação, o quiosque de shopping transcende a ideia de um “pequeno negócio”.
Ele se revela como uma plataforma de aprendizado intensivo, uma escola de varejo na prática, com um potencial real de lucratividade e um caminho claro para o crescimento e a expansão dentro do dinâmico e competitivo universo do franchising.
1- Quanto custa o aluguel de um quiosque?
O custo do aluguel de um quiosque de shopping não é um valor fixo e depende de uma combinação de fatores. Em vez de um “aluguel” tradicional, os shoppings geralmente cobram uma “taxa de cessão de uso” ou “luvas” (um valor pago no início do contrato pelo direito de usar o ponto comercial) mais uma taxa mensal.
A taxa mensal pode ser composta por três elementos:
Aluguel mínimo: Um valor fixo mensal, que é a base da negociação. Este valor pode variar drasticamente, de R$ 3.000 em shoppings de menor porte ou em cidades menores, a mais de R$ 20.000 em shoppings de alto padrão em grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro.A média nacional para um bom ponto em um shopping de médio a grande porte fica entre R$ 8.000 e R$ 15.000.
Aluguel Percentual: A maioria dos contratos de shopping inclui uma cláusula de aluguel percentual, que geralmente fica entre 6% e 8% do faturamento bruto mensal do quiosque.
O lojista paga o que for maior: o aluguel mínimo ou o percentual sobre as vendas. Por exemplo, se o aluguel mínimo é de R$ 10.000 e o quiosque fatura R$ 200.000, o aluguel percentual (a 7%) seria de R$ 14.000. Neste caso, o lojista pagaria os R$ 14.000.
Fundo de promoção e propaganda (FPP):É uma taxa obrigatória, correspondente a cerca de 20% do valor do aluguel mínimo, destinada a custear as campanhas de marketing e eventos do shopping.
Resumindo: Para um quiosque com aluguel mínimo de R$ 10.000, o custo mensal base com o shopping seria de aproximadamente R$ 12.000 (aluguel + FPP), podendo ser maior se o faturamento justificar o pagamento do aluguel percentual.
2- Quanto um quiosque fatura por mês?

O faturamento mensal de um quiosque é extremamente variável e depende do segmento, da marca, da localização dentro do shopping e da capacidade de gestão do franqueado.
Quiosques de baixo investimento: Operações mais simples, como acessórios ou doces, em shoppings com fluxo moderado, podem ter um faturamento bruto mensal entre R$ 40.000 e R$ 80.000.
Quiosques de médio a alto padrão: Marcas mais conhecidas, especialmente nos segmentos de alimentação (como sorvetes, açaí, cafés) e cosméticos, localizadas em corredores de grande movimento, podem alcançar um faturamento bruto mensal que varia de R$ 90.000 a mais de R$ 250.000.
A lucratividade líquida (o que sobra para o dono do negócio após pagar todos os custos, impostos e taxas) de um quiosque bem administrado geralmente fica entre 12% e 20% do faturamento bruto. Portanto, um quiosque que fatura R$ 100.000 por mês pode gerar um lucro líquido de R$ 12.000 a R$ 20.000 para o empreendedor.
3- Quanto custa um quiosque da We Pink?

A We Pink, marca de cosméticos de Virgínia Fonseca, tornou-se um fenômeno de mercado e seu modelo de franquia de quiosques é muito procurado. Com base nas informações divulgadas pela própria marca e pelo mercado de franquias, o investimento para abrir um quiosque da We Pink é:
Investimento total estimado: A partir de R$ 280.000.
Este valor geralmente inclui:
Taxa de Franquia: O valor pago à marca pelo direito de usar o nome e o know-how.
Capital para instalação: Custos com a fabricação e montagem do quiosque no padrão da marca.
Capital de giro: Valor necessário para manter a operação funcionando nos primeiros meses, cobrindo despesas como aluguel, salários e reposição de estoque, até que o negócio atinja o ponto de equilíbrio.
Estoque inicial: A primeira compra de produtos para abastecer o quiosque.
É fundamental que o candidato entre em contato direto com o departamento de expansão da We Pink para obter a Circular de Oferta de Franquia (COF), que detalha todos os custos, taxas e obrigações de forma oficial.
4- Vale a pena alugar um quiosque em um shopping?

Sim, pode valer muito a pena, mas a resposta depende de uma análise criteriosa do negócio e do perfil do empreendedor. Vale a pena se:
– O produto for adequado: O produto ou serviço deve ter apelo para a compra por impulso e ser facilmente demonstrável ou consumível em um ambiente de passagem.
– A análise financeira for realista: O plano de negócios deve considerar todos os custos (aluguel, taxas, royalties, funcionários, impostos) e projetar um faturamento que garanta uma margem de lucro saudável.
– O ponto for bem escolhido: A localização do quiosque dentro do shopping é, talvez, o fator mais crítico para o sucesso.
– O empreendedor tiver o perfil certo: O dono do quiosque precisa ser proativo, ter perfil de vendedor e estar disposto a gerenciar de perto a operação, especialmente no início.
Não vale a pena se:
– Os custos forem subestimados: Entrar no negócio sem um capital de giro adequado para suportar os primeiros meses pode levar ao fracasso.
– A escolha da franquia for ruim: Associar-se a uma marca com pouco suporte, produtos de baixa qualidade ou um modelo de negócio fraco é um risco enorme.
– O empreendedor for ausente: Um quiosque não é um negócio que “funciona sozinho”. A presença e a gestão do dono são fundamentais para “engordar o gado”, como diz o ditado.
Em resumo, alugar um quiosque de shopping é uma excelente oportunidade de negócio devido ao alto tráfego de clientes qualificados que o ambiente proporciona. No entanto, como todo investimento, exige pesquisa, planejamento e uma execução competente para que o potencial de lucro se concretize.
*Imagens ilustrativas. Dados coletados no site das franqueadoras e entidades do setor em Dezembro de 2025.